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Diplomata Geraldo Holanda Cavalcanti foi eleito com 20 votos para a cadeira que pertenceu a José Mindlin. Ele vai fazer companhia a Marcos Vilaça, Evanildo Bechara e Marco Maciel.
“Foi uma eleição muito positiva para a casa. E, como pernambucano, só posso ficar feliz com a vitória do Geraldo. Agora somos quatro na Academia”, ressaltou o presidente Marcos Vinícios Vilaça, que não compareceu à votação por estar se restabelecendo de um acidente. A bancada pernambucana na ABL é composta ainda por Marco Maciel e Evanildo Bechara. “A Academia teve constatada sua vitalidade com essa eleição, que movimentou não apenas o espaço interno, mas gerou expectativas na comunidade. O resultado indica, mais que qualquer coisa, o fortalecimento do protagonismo da ABL”, continuou.
“Geraldo é um excelente crítico, bom poeta, prosador de mão cheia e em muito vai acrescentar à Academia. A ABL ganha um novo e excelente companheiro, um irmão”, declarou a secretária-geral da ABL, em exercício interino da Presidência, Ana Maria Machado.
DADOS BIOGRÁFICOS
O recifense Geraldo Holanda Cavalcanti, além de diplomata e escritor, é poeta, ensaísta e tradutor. Entre os principais prêmios que recebeu, está o Eugênio Montale, na Itália, em 1998, pela tradução da obra do poeta homônimo. Tradutor de Quasimodo, ganhou no ano seguinte, o Paulo Rónai da Fundação Biblioteca Nacional. Foi finalista do Jabuti em 2007, porEncontro em Ouro Preto, seu primeiro livro de ficção, na categoria contos e crônicas.
Nascido em 6 de fevereiro de 1929, graduou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1951. Diplomata por mais de quatro décadas, profissão a que dedicou a maior parte de seu tempo, serviu em Genebra, Washington, Moscou e Bonn, entre outras grandes cidades.
Em 1998, o seu Poesia reunida trouxe mais uma premiação, o Fernando Pessoa, da União Brasileira de Escritores. Na obra, estão presentes seus principais poema, como Intervalo – “Não mais pensar o belo apercebido/ gastar fora da hora o quente visto/ da memória de tantos atavios”. Seu livro mais recente são as memórias de As desventuras de Graça, lançado este ano pela Editora Record. Na obra, a descrição dos anos de formação de um homem que viu a tentativa de sobrevivência do mundo com o fim da Segunda Guerra.
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