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quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Outro pernambucano se torna um imortal".



Schneider Carpeggiani para o Caderno JC
carpegggiani@gmail.com


Diplomata Geraldo Holanda Cavalcanti foi eleito com 20 votos para a cadeira que pertenceu a José Mindlin. Ele vai fazer companhia a Marcos Vilaça, Evanildo Bechara e Marco Maciel.

Eleição na Academia Brasileira de Letras não se ganha pela mídia. Ela ajuda, mas não é garantia de vitória. Desconhecido do grande público, o diplomata e escritor recifense Geraldo Holanda Cavalcanti, 81 anos, foi eleito em primeiro escrutínio com 20 votos para a cadeira 29, ocupada pelo bibliófilo José Mindlin. Pôs por terra a pretensão de um artista famoso, o sambista e também escritor Martinho da Vila, que não teve nenhum voto. Na competição estavam ainda o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Eros Grau, 10 votos e o diretor da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, oito. Um voto foi em branco.

“Foi uma eleição muito positiva para a casa. E, como pernambucano, só posso ficar feliz com a vitória do Geraldo. Agora somos quatro na Academia”, ressaltou o presidente Marcos Vinícios Vilaça, que não compareceu à votação por estar se restabelecendo de um acidente. A bancada pernambucana na ABL é composta ainda por Marco Maciel e Evanildo Bechara. “A Academia teve constatada sua vitalidade com essa eleição, que movimentou não apenas o espaço interno, mas gerou expectativas na comunidade. O resultado indica, mais que qualquer coisa, o fortalecimento do protagonismo da ABL”, continuou.

“Geraldo é um excelente crítico, bom poeta, prosador de mão cheia e em muito vai acrescentar à Academia. A ABL ganha um novo e excelente companheiro, um irmão”, declarou a secretária-geral da ABL, em exercício interino da Presidência, Ana Maria Machado.


DADOS BIOGRÁFICOS


O recifense Geraldo Holanda Cavalcanti, além de diplomata e escritor, é poeta, ensaísta e tradutor. Entre os principais prêmios que recebeu, está o Eugênio Montale, na Itália, em 1998, pela tradução da obra do poeta homônimo. Tradutor de Quasimodo, ganhou no ano seguinte, o Paulo Rónai da Fundação Biblioteca Nacional. Foi finalista do Jabuti em 2007, porEncontro em Ouro Preto, seu primeiro livro de ficção, na categoria contos e crônicas.


Nascido em 6 de fevereiro de 1929, graduou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1951. Diplomata por mais de quatro décadas, profissão a que dedicou a maior parte de seu tempo, serviu em Genebra, Washington, Moscou e Bonn, entre outras grandes cidades.


Em 1998, o seu Poesia reunida trouxe mais uma premiação, o Fernando Pessoa, da União Brasileira de Escritores. Na obra, estão presentes seus principais poema, como Intervalo – “Não mais pensar o belo apercebido/ gastar fora da hora o quente visto/ da memória de tantos atavios”. Seu livro mais recente são as memórias de As desventuras de Graça, lançado este ano pela Editora Record. Na obra, a descrição dos anos de formação de um homem que viu a tentativa de sobrevivência do mundo com o fim da Segunda Guerra.


Mais em: http://www.jc.com.br/

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